quinta-feira, dezembro 21, 2006

Boas Festas




Olá Pessoas Lindas,

Passei horas pensando em como criar, copiar, escrever e mandar uma mensagem de Boas Festas que fosse no mínimo descente e que não soasse como "Feliz Natal e Próspero Ano Novo" ou ainda "um Ano Novo cheio de realizações". Pois bem, acabo de achar um tempo e um pouco de coragem dentro de mim, para poder dizer que

Quero que vc ganhe na Megasena acumulada, que consiga passar três dias de festa e não ficar com ressaca; que só estude e trabalhe o quanto quiser, e puder, e se sinta realizado; que coma sem engordar; que tenha saúde, que arrume um novo amor ou renove o amor atual; que olhe para o céu, perceba como ele é lindo, mesmo que nuvens cinzas se instalem - cinza e prata já estiveram na moda, lembra?! - que vc possa meditar, rezar, orar, baixar o santo, encontrando sua espiritualidade; que a felicidade bata a sua porta e que vc a abrace e se deixe abraçar; que vc sonhe. Sonhe. E que todos seus bons sonhos se realizem.

Ihh! Tá difícil de sair do clichê de Boas Festas!
Mas vc sabe que é de coração!


Muito champanhe, panetone, 7 ondinhas pra pular e fogos de artíficio para colorir,

Anny

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Finito

Enfim, eu e Thati terminamos a edição - entenda-se luta - do documentário da cadeira de Telecine. Em breve estaremos disponibilizando aqui na rede.
Ah! Viajo de madrugada para Petrolina! Postarei as novidades de lá =P

Dá uma volta pela orla de Petrolina =P

domingo, dezembro 10, 2006

Ótima Semana!


Littlest Things - Lily Allen

sexta-feira, dezembro 08, 2006

BLINK

Rotação em movimento de translação na velocidade da luz, foi o que ele me fez sentir naquele momento insalubre em que me falou as três palavras mais temidas na face da terra: Eu te amo.
Os parcos segundos que levei para abrir meus olhos, novamente, se tornaram minutos intermináveis. Tudo que nós tínhamos vivido voltou e aquela conversa tola sobre o quanto o clima mudou, desde a nossa infância, não fazia o menor sentido, ou até fazia, sei lá. Abri os olhos, olhei, toquei a mesa, passei os dedos pelo copo já vazio e respirei fundo até encará-lo. Não sei quanto tempo passei neste estado, mas foi pior do que qualquer gole de absinto que tomei, ou qualquer outra droga alucinógena existente na terra.
E ele sorriu. Ele esperou pela resposta que queria ouvir e senti a impaciência e a ansiedade e a insegurança. Porque ele sabia que não ia ouvir e sabia que nada ia ser como ele gostaria que fosse.
Eu não pulei em seu pescoço, não ri, nem pedi desculpas por não amá-lo ou falei aquelas umas deslavadas e coringas para sair de situações saia-justa como aquela. Eu emudeci, desejei que meu copo estivesse cheio de algo com teor alcoólico 600 ºC e tivesse coragem e de dizer “Eu te amo”, também, porque sim, eu o amo.
Mas não. A história de nós dois me calou. As controvérsias de minha vida me impediriam de pular em seu pescoço. E as circunstâncias daquele lugar e o calor que fazia por causa da do louco tempo, que não é mais o da nossa infância, me impediram de rir. E desculpas, perdão? Para quê? Para quem?
Para mim mesma. Por não ter dito, o que queria e por ter dado ouvidos e visão a um passado que ressurgiu em uma piscada de olho interminável.

Documentário

Oi Pessoas Lindas e leitoras assíduas do ANNYTHING'S!

Estou meio sumida, sem postar, porqueme encontro na correria de final de período e finalizando o meu documentário final, na cadeira de Tele. O documentário é sobre o cotidiano de cinco mulheres entre 21 e 23 anos e suas visões sobre a vida. Complexo? É. Um pouco.
Antes que a pergunta surja: sim, vamos disponibiliza-lo na rede =P, como fizemos com o clipe maravilhoso Cabeça de Bobis, clássico - que eu não conhecia - da banda Mastruz com Leite.
Assista e dê boas risadas.


Gostou? Assista outras produções de amigos de sala.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Um surpreendente conto de Natal


Há um tempo atrás, vi em vários blogs um vídeo diferente sobre o Natal, em que o Papai Noel estava cheio de dívidas, achava um agiota e perdia tudo. Resultado: comentário geral e confabulações fantásticas - ao final, a maioria das apostas era em um teaser de uma nova animação.

Agora, saiu a continuação, deixo aqui para vocês acompanharem - é maravilhoso- e adivinhem o que é? A campanha de Natal da Caixa Econômica Federal!
Acho que das comapanhas de Natal, é sem dúvida, a melhor.

ANNYTHING'S
No site, existe a seção Bônus, em que você pode baixar emoticons das personagens da peça publicitária. Eu baixei o Papai Noel e o DJúnior. Meiguíssimos.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

ANOS 80

Não resisti, quando vi a lista de vinhetas de aberturas de desenhos dos anos 80, no Iz Reloaded, a postar algumas aqui.
Isso é muito minha infância!
Vocês já perceberam como a cultura dos anos 80 está em voga, atualmente? É Garfield, Smurfs... Saudosismo, retrocesso, repaginamento?!

Capitão Planeta/ He-Man

Ursinhos Gummy/ Meu pequeno Pônei

Smurfs /She-ra/ Thundercats

Segunda-feira

Pense em uma segunda-feira consumidora de todos os meus segundinhos. Não fiquei parada um instante e em conseqüência, não postei nada aqui no blog durante o dia.
Então, postando: recebi hoje, melhor, quando cheguei em casa, no final do dia, vi que no meu correio estava a Guardian Monthly, "a revista global do Guardian e Observer" - dizeres da capa.
Pensei que ela não chegaria, acho que faz um mês que recebi o e-mail do Guardian Unlimited dizendo que iriam mandar a primeira edição. Até tinha me esquecido da bendita.
À primeira vista, depois de uma folheada (rapidíssima) enquanto jantava, ela parece uma mistura de Vanity Fair com Vogue. Depois de me apronfundar, falo para quem ela tende mais =P
E o preço está bom: para o resto do mundo, onde nós estamos incluídos, claro,três meses , ficam por 9 libras ou mais ou menos 38 reais e você leva três exemplares grátis. Ah! O mundo se compõe por Austrália, Canada, Europa, Nova Zelândia e Estados Unidos - piada infame da semana =P

sábado, dezembro 02, 2006

Trocas

Fui trocada. Como tantas outras vezes. Já devia estar acostumada com sua frieza educada na mudança dos planos, quase que imperceptível. Sempre deixada de lado, mas com toda sua polidez de um gentleman, que me faz, até, pensar que eu estou criando uma situação com meu gênio quente e nada certo e um humor que vai dos 0 aos 1000 ºC em 2 segundos.
Dessa vez foi pela TV. Ela vence tantas vezes. É Lost, os melhores momentos do Brasileirão, da Eurocopa, Campeonato Inglês, Francês, Espanhol, da terceira divisão do Congo; a novela e assim vai. Quando não é o futebol de terça-feira, o cinema do domingo com os amigos, porque ele precisa de um tempo com os amigos, porque os amigos moram se mudaram para o Paraguai, Patagônia e Alasca e agora ele tem uma oportunidade de ver os amigos.
Ok, motivo amigos eu engulo, mas motivo TV é comparável a motivo nosso de dor de cabeça. Não. É muito pior. É decepcionante. É o pior dos motivos.
É, meu bem, você me trocou por uma grade televisiva e eu fiquei falando com os lençóis. E meu humor que estava nas alturas de tão bom, ficou morno, sem graça. Eu já estou sem graça por mim e já estou procurando uma maneira de te pedir perdão por não entender porque fui trocada novamente pela televisão.
“Eu entendo, eu sinto o mesmo” – comparação de sexos. Essa é a melhor das maneiras de se pedir o perdão. Fica tudo na lógica fast-food de liberdade, igualdade e fraternidade, meio vazio, mas ele se entope.
E depois de uma trocada dessas, nada de discussões de relacionamento à la slow-food, não estômago que agüente de tanta gastrite em um relacionamento.

Hoje à tarde, dei-me cinema

Enquanto todos meus amigos pulavam e enchiam a cara na tarde causticante de hoje - coisas que não posso fazer porque ainda estou sob efeito de fortes drogas e minha respiração não agüenta nem um “ulê lêlê”- estava eu dentro de uma (mini) sala, que exalava um certo cheiro de mofo, o que também não é muito bom para minha saúde, e assistindo o filme mexicano O Labirinto do Fauno.
Ah! O filme começou quase 20 minutos atrasados. E eu odeio esperas, principalmente quando me encontro sozinha.
Não me vem na memória nenhum outro filme mexicano que eu tenha assistido, mas a partir de agora assistirei sempre.
O Labirinto do Fauno se passa na Espanha, durante o governo franquista e mescla fábula com realidade. Leia aqui a sinopse
Os efeitos especiais são magníficos, como esperado, visto que o diretor e roteirista é Guillermo del Toro, que tem em seu currículo Hellboy; possui cenas fortíssimas, como todo filme que retrata regimes totalitários e cenas delicadíssimas como todo filme fantástico, até o ponto em que o forte e o delicado se encontram, tornando até a mais terrível das mortes um singelo espetáculo.
ANNYTHING’ S
Resolvi assistir ao filme, que estreou esse final de semana no país – por isso corram, porque já, já sai de cartaz aqui em João Pessoa – pelas milhares de críticas favoráveis que li nesta semana, fora que o filme já foi ovacionado em vários festivais. Os americanos o consideram filme alternativo, já os brasileiros, super produção. Posso escolher meio-termo? =P Brincadeiras a parte, o filme é lindo e está recomendadíssimo.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Dia Mundial de Luta contra a Aids



No dia Mundial de Luta contra a Aids, 1° de Dezembro, o Fórum ONG Aids da Paraíba chama a atenção da população para o descaso dos poderes públicos com a vida das pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS no estado. O movimento de aids realiza neste dia, dois atos públicos: o primeiro em frente à Prefeitura de João Pessoa e o segundo, em frente ao Palácio do Governo do Estado. Atualmente, a Paraíba tem registrado 2.568 casos da epidemia, sendo 1858 entre homens, 710 entre mulheres e 60 crianças. Os cincos municípios com maior número de casos são: João Pessoa (781), Campina Grande (544), Bayeux (121), Santa Rita (111) e Cabedelo (90).
Programação em João Pessoa
  • 10h - Ato público em frente à Prefeitura de João Pessoa - reivindicação pelo passe-livre.
  • 11h - Caminhada até o palácio do governo - reivindicação pela retirada da Medida Provisória Estadual 043/06, que reduz o orçamento da Saúde para 2007.I
  • 5 e 6 de dezembro - Seminário de Políticas Públicas em Aids - Hotel Netuanah- Cabo Branco

Veja o vídeo da campanha deste ano, do Ministério da Saúde: A vida é mais forte que a Aids.

quarta-feira, novembro 29, 2006

En tus brazos


Animação belíssima.








Clique na imagem ao lado para ver o vídeo.

Vi no Sedentário e superativo.

Tevez com camisa da seleção brasileira??

De acordo com o Esportes Terra, via The Sun, esta será a punição do jogador argentino Tevez, ex Corinthians, por ter abandonado o estádio Upton Park, na vitória do West Ham, seu atual clube, contra o Sheffield, antes mesmo do encerramento da partida, após se irritar com a sua substituição.
ANNYTHING'S
Vai ser no mínimo engraçado ver Tevez com a amarelinha =P
Aproveita e relembra o comercial do Guaraná em que Maradona aparece na seleção.

Diariamente

Gente,

Texto novo no Diariamente. Espero que gostem.
Falando nele, vi hoje na universidade, uma matéria bem legal sobre o blog. Não me lembro o nome do autor, nem o nome do fanzine - é a gripe, perdão- para agradecer a força.

Beijos e ótima quarta.

terça-feira, novembro 28, 2006

Dodói


Amanheci ultra gripada hoje, sem forças nem para postar coisas novas no blog, só essas pequenas dicas que achei de como prevenir a gripe e que, claro, não tomei:


Faça uma dieta líquida com sucos de vegetais para acabar com infecções e o uco.

  • Beba suco de frutas.
  • Coma canja de galinha.
  • Faça infusões com limão e gengibre.
  • Beba 6 a 8 copos de líquidos por dia, sendo 4 copos com 1 a 2 colheres (sopa) de vinagre de maçã ou suco de limão e 2 colheres (sopa) de mel.
  • Evite açucar, frituras e alimentos gordurosos.
  • Esfregue dentes de alho na sola do pé.
  • Faça um banho para os pés com sálvia, tomilho, alecrim, óleo de pinho, óleo de eucalipto e 1 colher (sopa) de mostarda em pó.
  • Coma pimenta vermelha, cebolas e raiz forte.
  • Tome vitamina C e beta caroteno.

Veja mais dicas em Planeta Natural. Ótimo site sobre terapias alternativas.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Revenge of the bricks


Para quem gosta e desgosta de Star Wars.
O estúdio Treehouse Animation fez uma animação maravilhosa com Legos Star Wars. Vale a pena ver.
Falando nisso, não vejo mais crianças brincando com Legos ou coisas do tipo. Uma pena!
Aii!!! Acho que estou ficando velha.




Clique na imagem, em seguida, na página da Treehouse, vá em WATCH THE MOVIE .

Li no Sedentário e Hiperativo.




Trilha sonora

Estou tão John Mayer...


"Back to me/ I know that it comes/ back to me"
Back To You - John Mayer

Yahoo+CDI

Falando em inclusão digital, acabo de ver no Yahoo! Brasil a campanha Respostas Solidárias, em que a cada 2000 melhores respostas no Yahoo!Respostas, uma, das 10 Escolas de Informática e Cidadania do CDI (Comitê para Democratização da Informática), receberá doação de recursos.
Faz um tempo que não respondo ou faço perguntas no Yahoo!Respostas, na verdade, só utilizei o Yahoo!Answers (risos), acho que vou responder algumas. Vai você também! =)

"It's an education project, not a laptop project"


O presidente Lula recebeu, sexta-feira (23), o primeiro laptop de U$100, em cerimônia - sempre uma - na base áerea de Cumbica. O Brasil foi o primeiro país a receber o computador, porque além de encomendar 1 milhão de unidades, deu muito apoio a empreitada - 1 milhão já é um apoiaço! A Argentina, o outro país sul-americano a comprar laptops, pediu 500 mil.

O laptop foi criado pela ONG americana One Laptop per Child com o objetivo de incluir digitalmente e revolucionar a maneira de se educar crianças no mundo, de acordo com o wiki da instituição.

Lendo as matérias publicadas sobre a chegada do Laptop de U$100 e os comentários dos leitores, vi que muitos se opunham a iniciativa do governo, não pelas características de hard ou software que o produto oferece, mas sim de como o computador seria utilizado. Alguns disseram que os computadores seriam danificados ou trocados por drogas, que as crianças não saberiam usar, ou que os professores não saberiam utilizar. E sim, havia depoimentos de professores - pelo menos, era o que estava escrito.

Capacitação, falando-se em informática no Brasil, sempre vai ser necessária, por mais que nos espantemos com os crescentes número de acessos ou de usuários de computador - somente 18,6% das residências brasileiras tinham computadores em 2005, de acordo com o IBGE. Será uma nova linguagem para os usuários, uma nova forma de interação com o conteúdo explicado em sala de aula, uma nova forma de ensino para esses professores e 1 milhão de crianças.

ANNYTHING'S

Eu, particularmente, acho o projeto super válido e acredito sim que possa dar certo aqui no Brasil, dependendo de como for implantado. Pelo que sei, já existem projetos de capacitação de professores de escolas públicas em tecnologias da informação em alguns estados do país. No Nordeste, sei que existe um em Pernambuco. Na Paraíba, ainda não ouvi falar, mas espero que aconteça logo.

Ah! E o design do laptop é uma gracinha, não?!

Bom começo de semana para todos.

domingo, novembro 26, 2006

Amo



"Ao levantar a taça oficial do Campeonato Brasileiro, neste domingo, o São Paulo encerrou um ciclo de conquistas. Em dois anos, o time do Morumbi ganhou simplesmente tudo".

Fonte: Uol

Agradabilíssimo de se ler no final de um domingo.

Sábado a noite

Ontem, finalmente, saí da toca e, finalmente, fui no Empório Café, checar a nova decoração.
Está mais bonito que já era. Desta vez não pedi a salada frango com tomates secos de sempre, fiquei só na caipirosca - que também é maravilhosa.
João Pessoa é carente de bares como o Empório. Nossa! A gente roda, roda, roda e acaba por lá mesmo. Não que isso seja ruim, mas mudanças também são bem vindas.

Ah! Fui também no Zodíaco. Estupidamente lotado e quente - como sempre. Mais uma carência de Jampa: só duas boates! Mesmo assim me acabei de dançar, eu estava precisando disso.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Não saia com ele

Querida leitora,

Aquele cara te fez mal, te jogou na sarjeta, te fez quebrar a dieta e engordar 5 quilos? Então aqui está a solução: http://www.naosaiacomele.com. As mulheres estão denunciando os cafajestes do Brasil =P Hilário.

Mas os homens estão querendo a revanche. Estão indo com tudo

terça-feira, novembro 21, 2006

Quando chega por aqui?

Toshiba apresenta primeiro cartão de memória de 8 gigabytes

Tóquio, 20 nov (EFE).- A Toshiba anunciou hoje o lançamento do primeiro cartão de memória SDHC de 8 gigabytes, capaz de armazenar três horas de imagens de vídeo digital e fotos de alta resolução.

Fonte: Yahoo! Notícias

Falando em Yahoo! e em notícias, parece que o Yahoo vem ganahando a corrida de "dominação" pela informação. De acordo, com o New York Times, vide Estadão, o Yahoo fechou um acordo com 176 jornais para compatilhamento de conteúdo, publicidade e tecnologia. O Google fez, recentemente, uma parceria com 50 jornais. ´
Parece que a guerra já começou.
Fica-se esperando a cartada da Microsoft. Alguém arrisca palpite??

ÓCIO

Feriado de Proclamação da República, dia nublado, mas ainda dá para pegar uma prainha. Pensei em escrever uma mensagem bem política, bem Salve a Natureza e Morte as Multinacionais, mas não dá. Hoje estou em clima de feriado.
Muitas pessoas reclamam dos feriados, dizem que no Brasil temos de mais – vai ver até temos – e que poderíamos comemorar as datas comemorativas trabalhando. Eu, pelo menos, não tenho nada contra a eles. Por sinal, A-DO-RO!
Tem coisa melhor que acordar, olhar no relógio e ver que não está atrasada porque hoje não tem nada para te deixar atrasado? Ou ainda, acordar ao meio-dia, tomar um café como se fosse oito da manhã e se deliciar com a vista da varanda da sua casa, ou bater um papo completamente cabeça sobre o que fazer com tantos feriados?
Em feriados já descobri tanta coisa interessante. Por exemplo, existe reggae na Polônia. Tá você já sabia disso porque enfim vivemos em um mundo globalizado, mas eles têm bandas – olha aí em baixo!!! E criaram um estilo de reggae. Eu que nem sou fã de reggae fiquei bege. Outra, se gasta 70% menos energia para reciclar plástico que para fabricar plástico novo – esse era o meu tema de hoje: os perversos plásticos. Também fiquei chock!
Talvez você pense que isso não mudou a sua vida, que o bom mesmo era estar pegando no batente e todos em uníssono estarmos lutando para um crescimento de 5% ao ano. Talvez, pode até ser. Mas o sol apareceu, a praia está esperando e o reggae polonês é muito engraçado. Ah! E sem sacolas plásticas, por favor.

Música do dia: Vavato - Vavamuffin

Postado em Diariamente, no dia 15 de nov 06.

É muita confusão no meio da tarde

Vi hoje no Jacaré Banguela, um vídeo com todas as confusões da Sessão da Tarde. Nela dá pra se perceber que o texto não muda muito... hehehehe

De qualquer forma, é muito bom.

Aproveitem e dêem uma olhada na abertura da Sessão da Tarde na década de 80.

domingo, novembro 19, 2006

Biscoito da Sorte Virtual


Adoro Biscoito da Sorte e vi no blog do Marcelo Kats, da Folha este link.
Depois de baralho cigano, numerologia e alinhamento de chacras virtual mais essa: o Biscoito da Sorte Virtual. Pena que não dá pra ver os numerozinhos.

sexta-feira, novembro 17, 2006

ÁGUA

Água. Hoje estou como água. Sem gosto, sem cheiro, insípida, insosa, com uma cara de qualquer coisa que nem a maquiagem mais vagabunda daria a cor mais vagabunda. Nem as teclas do teclado, nem os sinônimos, quem dirá antônimos me chegam para dar mais cor ao texto.
A vida repentindo em um movimento de evaporação. Sobe- desce, mesma coisa, mesmo movimento, passando por diferente estados para voltar ao mesmo ponto de partida. Falta de complexidade ou complexidade da simplicidade?
Vai ver é complexo mesmo. Sei lá.
Percurso de obstáculos. Pobres, fáceis.
Mesmas manias, mesmos pobres gostos e desgostos.
Tempestades em copos de mim mesma, petrificação no meio de borbulhas e evaporações repentinas de raiva.
Falta de sal para temperar ou açúcar para acalmar.
Falta de alguém para me consumir.
Falta de necesidade de mim.

terça-feira, novembro 07, 2006

ELE FUGIU

Acordei desesperada para escrever para o meu diário hoje, mas onde ele estava? Com certeza, pensei, embaixo da cama, lá embaixo tudo se acha. Mas não, ele não estava. Na sala? Não. Cozinha?Armários? Banheiro? Computador? Não. Não. Não. Não!
Depois de uma semana sem ter contato com o meu caderninho, tão pouco tempo e ele se perde de mim. Perdi meu diário.
E com ele se vão meus pequenos souvernirs cheios de traumas, alegrias, lágrimas, álcool, cigarros, meditações, rímel, batom, beijos e carícias e papos cabeças.
Sem ele comecei a sentir um vazio – e ainda sinto – e comi tudo que podia e não podia, quebrando minha dieta mais uma vez, só me estafando e não preenchendo nada além do estômago, claro.
Parei, refleti: “Era só um diário entupido com coisinhas clichês, afinal”.
Vai ver ele fugiu. Estava cansado de agüentar a minha letra pesada, desenhada ou os rabiscos ou as lágrimas ou as essências de perfumes. É... Ele correu de mim e da minha insistência em cobrar mais dos outros e de mim mesma e da minha insistência em escrever mais coisas tristes e depressivas que alegres e animadoras.
Ele correu do meu ciúme insano, que vem e vai como as ondas do mar. Das minhas lamúrias infundadas sobre amores infundados e da velocidade de movimento de rotação do meu humor.
Ele está me evitando. Até os diários merecem um tempo.
Ele realmente fugiu.
Eu fujo de mim mesma, por que não meu diário?
Mas e agora?
E eu e meu vazio? Que faço?
É né... Segue-se em frente.
o_o Resposta - Milton Nascimento

segunda-feira, novembro 06, 2006

Abraços de Graça

Essa campanha vale a pena divulgar: Free Hugs Campaign.
Acessem: http://freehugscampaign.org/. Eu já tô participando!

Ah!! E abraçosss para todos =)

sábado, novembro 04, 2006

VÍCIO

Acordei com crise de abstinência. Agitada, tremendo, pensei que a solução fosse comida e me entupi com cinco rosquinhas, seguidas de um belo prato de cappelletti, mas nada. A sensação de vazio ainda estava comigo.
Repeti seguidas vezes “Sou forte, sou forte. Estou forte!” Não, eu não estou, nem estava, nem estarei. Uma gota, um trago, uma cheirada só de leve não me matariam, mas a ressaca física e moral do dia seguinte, se não me mata, me tortura.
Exercício! É! Exercício! Depois de ter engolido tudo aquilo, abdominal nem pensar. Caminhada na praia e mergulho no mar para enterrar esses pensamentos malignos. AHHHH!!!!!
Não resolvem! Só um teco, vai?!
Olho no espelho, lágrimas ao espelho e “Onde está meu celular?”. Não posso nem tocar nesse bendito-maldito celular. Os números não foram apagados. POR QUÊ? Para que em momentos como estes de abstinência eu me lembre deles e finja que sou mais forte que She-ra e que pelos poderes de Grayskull eu irei passar por mais esta.
Messenger...Taí, messenger. Uma boa.
NÃO! Ele está online!
Uni-duni-tê. NÃO! “Ajuda aí uni-duni-tê. Dá uma cooperada com o meu processo de desintoxicação”.
Ah! Falei. Sou forte. Nem a She-ra é comparável a minha pessoa. Falei mesmo! Falei um “Oi!”. Que merda! Ele respondeu “Oi! Td bom? Como vc ta? Acordou agora? Pensei em vc estes dias todos que estivemos sem nos falar. Sinto sua falta, anjo”.
O tremor, o agito, suor frio, as lágrimas e o vazio se dissiparam. É... A dor, amanhã, de cabeça da ressaca vai ser grande.

o_o Naive - The Kooks

sexta-feira, novembro 03, 2006

DIA

Sábado com cara de sexta.
Sexta com cara de sábado.
Eu com cara de domingo.
Sol de quarta-feira.
Ar. Pausa.
Risadas sem graça de todos os dias.
Limpezas incomuns.
Conversas triviais.
Momentos de paz.
Horror.
Pressa.
Fim.

domingo, outubro 22, 2006

Mundo Particular

Conversando com as paredes do meu mundo de quatro lados, escutei respostas-eco que depois de um tempo me fizeram sentido. Nelas não encontrei a paz, nem o aconchego esperado, mas pelo menos escutei algumas palavras, o que me lembraram que ainda vivo.
Levantei as teias de aranha, retirei metade do pó que me envolvia e resolvi enfrentar o sol tanto observado por mim pela fresta do medo. Caminhei cambaleando e titubeando os trapos ao meu redor, tentando equilibrar-me na corda bamba da fronteira em que me encontrava.
Frágil e fortalecida abri os portões e soltei as amarras que me permitir usar.
Um pequeno incômodo na visão e no olfato. Cheiros cotidianos passaram a ser estranhos e durante um minuto – acredito eu – passei a observar novamente o espaço que me permitir afastar e de repente a primeira baforada.
O vento quente só me trouxe a constatação que nada havia mudado mesmo me mantendo absorta de tudo por tanto tempo. As coisas não haviam alterado suas posições e pareciam tão empoeiradas quanto eu. A curiosa cor desbotada da vida havia se expandido para além do meu mundo e transformado o mundo que havia deixado.
Não sentia falta dele. Já não mais me pertencia. Nem sequer me pertenceu.
Eram apenas amontoados de coisas pretas e brancas, sobreposta com coerência que não me fazia falta.
Refleti. Acreditei por alguns segundos que aquilo acontecia pelo tempo despendido fora daquela realidade. Porém, com a segunda cortante baforada disse a mim mesma que não, ele não me pertencia. E o meu mundo construído nos quatro lados iguais só precisava de uma limpeza. E pensei em voltar e me embrulhar com as teias e continuar enxergando a luz através da fresta.
Mas os cheiros comuns e as cores, mesmo que desbotadas, e aquela luz - ah! aquela luz! - completa! Eles me fizeram prosseguir, retiraram os cortes dos meus olhos, o ocre do meu nariz e a paralisação das minhas pernas.
Toquei, experimentar, cheirei, provei novamente do velho incomum da vida deixada para trás. Não me contentei, mas senti que não poderia viver sem e com aquilo.
Movimentei-me mais e percebi que é necessário andar adiante e que sim, surgirão novos cheiros, gostos, toques e caminhos.
Cambaleei com a terceira baforada de horror e cacos se formaram entre os dedos. Mas não desisti do que sentia falta.
Segui em frente e sigo, mesmo que baforadas mil me abalem e me façam pensar novamente no conforto e comodismo das teias de aranha e no pouco brilho que a fresta me oferecia.

o_o Cannonball - Damien Rice

terça-feira, outubro 10, 2006

EGO


Eu pensei nos olhares perdidos dos homens que fingem ter fé, na coragem fake das mulheres entorpecidas pela vontade de viver sem sentido e nos buracos de nada que nos preenchem a alma.
A conclusão que cheguei fou a que o som do vento batendo no meu rosto e tocando meu cabelo é mais melodioso que essa sinfonia desafinada que tento entender.
Eu sou uma rima afinada no meio dos trombones e cornetas estridentes e desiguais. Eu sou a cor, o doce, o toque afeto, eu sou o cheiro das rosas, eu sou eu e repudio você.
Sou a arte ininteligível, sou suprema, de outro planeta, deusa, criadora.
Vivo em um mundo que você quer ver e sentir e entender, mas se confunde e distorce e rejeita os gostos, as cores, os cheiros, os textos.
Eu enxergo além. Você pára no meio.
Medíocre.
Eu suprema.
A poesia do meu amanhecer e as notas musicais do meu dia são para você tão incompreensíveis quanto a sua própria vida que você implora para escutar sobre e desvendar os ínfimos e tão superficiais mistérios.
Burro!
Eu suprema!
Você. Apenas um reles você.
E eu. Eu sou tudo isso que sou Eu.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Chá de limão e mel

E hoje ele se casa. Não suporto a idéia de vê-lo casar, mas mesmo assim meu vestido vermelho, maquiagem, cabelo e meu sorriso com novas placas de porcelana estão impecáveis.
Desejo-o toda felicidade do mundo, que ela o faça feliz, muito feliz, mais do que ainda consigo fazê-lo, que tenham lindos filhos, com os olhos dele, que são lindos.
Ah! Odeio deseja-lo felicidade, mas não consigo desejar outra coisa, porque não suportaria a infelicidade dele.
Dizem que isso amor. Eu acho que é uma doença. “Qual o nome da pílula da felicidade mesmo?”
Amar? Ama-lo casando com outra e desejando-lhe felicidade eterna. E desejo sinceramente! “Existe coisa mais louca?” Imagino o altar, as juras de amor e as lágrimas vêm, não posso me borrar. A maquiagem tem que estar perfeita.
“Como minhas glândulas lacrimais podem ainda produzir lágrimas depois de dois dias aos prantos comendo tudo que ultrapassa as 300 calorias?”
Tenho que checar minha bolsa e lembrar do texto. Ensaiando: “Meus Parabéns! Que vocês sejam muito felizes e que você cuide bem dele, viu?! Ele é o cara perfeito para mim. Não era bem esse o final, mas ficou bom. Ermm... Ele é muito especial”. Ai que horror! Uma pessoa “especial”. O que é isto? Especial para quê?
Enlouqueci. Enlouqueço. Enlouquecerei.
Lembrar de ficar longe do álcool e do buquê. Lembrar do lado da igreja. Lembrar o nome da igreja. “Move on!” Levanta! Vai chegar atrasada, como sempre e como sempre ele me dizia.
Ah! Sem lágrimas desta vez!
Atraso. Gripe. Chá de limão com mel. Chá. Café. Cafés. Noites em claro. Vinho. Tinto e branco. Mãos dadas. Coxas. Costas. Azuis. Castanhos. Mãos dadas e cabeça no ombro.
E hoje, ele se casa.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Apelo a mim

Linhas retas, incertas, coloridas, insossas, pedregosas. Linhas sem fim do editor de texto.
Ah! Que vontade de escrever um poesia brejeira, melosa que enjoe seus olhos e que te faça querer ler mais e mais, pensado nas "cartas de amor são ridículas".
Mas o branco do editor de texto invade minha mente. O cansaço de meus ombros cai sobre meus dedos e a preguiça do domingo persiste no meu teclar descompassado e rápido para que pelo menos 10 linhas de dizeres sem sentido que te satisfaçam.

Ah! Que falta do que dizer.
Ah! Que falta de te dizer.
Que procura em dizer algo.

Sentidos retos, incertos, coloridos, insossos, pedregosos. Sentidos sem fim de mim mesmo.
Ah! Que vontade de fazer você sentir o que sinto agora, uma sensação brejeira, melosa que enjoe até a sua a alma e que te faça querer mais e mais, pensando em dropes de anis.
Mas a imensidão de sentidos invade minha mente. E a tensão dos meus ombros cai sobre meus dedos e a excitação do domingo persiste no meu teclar descompassado e não mais tão rápido para que pelo menos mais cinco linhas de dizeres sem sentido te satisfaçam.

Ah! Que falta do que sentir.
Ah! Que falta de te sentir.
Que procura em dizer algo que sinto.

o_o The Clientele - (I can't seem to) Make you mine

sábado, setembro 16, 2006

CANSAÇO

Acordei cansada hoje.
Cansada desta vida em cores psicodélicas, das coisas fora do lugar e de sempre tentar coloca-las em seu posto.
Cansei de procurar sentido, - se bem que já faz um tempo que nem tento- de olhar o horóscopo e ver que aquilo não vai acontecer e se acontecer, estou cansada de dizer "bem que o horóscopo disse".
Cansada de escutar lamúrias infundadas, de estender a mão, de dizer sim quando quero dizer não, eu te amo quando quero dizer tanto faz e tanto faz quando o eu te amo ecoa na minha mente.
Cansei de chorar sozinha no escuro e falar com paredes. Cansei dessa medíocre e hipócrita rotina que me obrigo a levar todos os dias a partir das seis da manhã.
Cansei de você e de seus comparsas. De todos. Dos bichos, das cores, do ar.

Pensei que pudesse ainda reverter esse estado que me encontro. Mas não. Semanas se passaram e esse gosto ocre, o ar pesado, a melancolia do olhar me perseguem. Pensei em fingir mais uma vez um sorriso. Mas não.

Cansei.
Cansei de ser perfeita num mundo de imperfeitos, de ser divina enquanto terrena. De comer coisas verdes invés de açucaradas, pensando que daqui há uns anos estarei com a mesma pele e que assim serei mais feliz.
Cansei de pensar no futuro e viver o passado.

Pensei, semanas atrás, que isto tudo fosse uma doença e que a pílula amarela, roxa, azul, furtacor fosse me salvar. Mas não.

Cansei.
E não me pergunte o que tenho, porque a resposta não vai ser a que você espera. E eu sei disso porque te conheço de tantas vezes alisar sua cabeça enquanto você chorava e me contava os segredos que não pedi para escutar.
A resposta? Eu estou cansada. Cansada de viver.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Ritmo

Sono. Seis, sete, oito horas. Atraso. Preguiça.
Café preto com muito açúcar. "Será que adoça o dia?".
Bolsa, livros. Batom! Perfume com leve toque de baunilha.
Nuvens. Sol. Sol entre nuvens.
Praia. "Solto os livros e corro para o mar".
Atraso. "Mas quem liga".
Tráfego. Chato.
Ruas, pessoas, ladeiras. "A vida é como uma ladeira. Ai que coisa mais clichê".
Sol, brisa, sede. "Água ou coca? Coca! Light."
Aula. Quatro horas. Tédio. Problemas. Sonhos.
Intervalo. Compromissos. "Pagos".
Um mico dentro da árvore. "Argh! Que coisa mais unsual".
Inglezadas.
Sol. Folhas. Caminhos.
Aula pela metade.
Meio-dia.
Fome. "Não nesses dias".
Tédio. Sono.
Cama ou cozinha. Uni-duni-tê.
"Cama!"

sexta-feira, agosto 18, 2006

SÚPLICAS A VOCÊ

Um calafrio me percorre a espinha. Mas o que é isso? Nem frio hoje está, ao contrário de ontem- inverno nos trópicos. A mão percorre a nuca. Nunca senti algo parecido.
Minhas pupilas se dilatam. Ou não? A vista se embaça. À vista você. Mas o que é isso? O que é isso que me ocorre? Um calor luta com o frio das minhas mãos. Elas suam. Meu coração soa como um bumbo. Ouço sinos. Mas não são seis horas. O que é isso?
Está certo. Não te falei o que queria. Era muita informação, deu branco. Sinto muito por mim mesma.
Você derramou em palavras todos os seus sentimentos sobre mim. E é isso que me mantém escrevendo agora e escutando músicas de dor de cotovelo, melosas, com rimas pobres, essas mesmas que sempre combato com pose de pseudo-intelectual.Você me quebrou. Me partiu. Cadê o meu chão? Onde está a saída? Por que também não joguei toda a responsabilidade de meus sentimentos em você? Por que me guardei, me fiz de forte? De que vale todo essas sensações pelo meu corpo se não consigo exprimi-las para quem mais gostaria?
As panelas me chamam. Não entendo porque resolvi cozinhar se nem fome tenho.
Fecho os olhos, vejo você. Durmo. Sonho. Você.
As panelas, as panelas.
Eu tenho responsabilidades, sabia? Me deixe fazer meu trabalho. Eu preciso crescer.
Não, você não me mina. Você me estimula. Eu cresço também por você. Porque você me diz sempre que posso, que sou a melhor.
Estava tudo tão bem antes de tudo aquilo. Por que me lembrar que você me ama e que eu só quero ser amada? Por que trazer a dúvida?
Algo queima. É preciso apagar a chama do fogão.

O_OHansen Band- Kiene Lieder über Liebe

quinta-feira, agosto 17, 2006

UM

Na língua o líquido amargo se espalha. Supunha-se ser água, mas esta não te, gosto. Algo contamina o líquido ínsipido. Desilusão, decepção, desesperança.
Aquele líquido viscoso percorre, ácido, o esôfago e chega ao estômago como uma bomba. De lá contamina todo o resto do corpo.
Os ombros tensionam. Os outros músculos também se contraem. O desespero no rosto. Lágrimas nos olhos. Estaticidade.
Por um gol. Um. Só um.
Como um flagra de traição - das mais vis-, como uma batida de carro, crack de bolsa de valores, ataque terrorista, vídeo do PCC.
Não.
Nenhuma sensação é pior que acreditar até os 47 minutos, saber que pode e não conseguir.
Não há sensação pior que a do gol que não se concretiza em final de campeonato.
Só um. E era para prorrogação ainda.
Só um.
Amargor.
E a minissérie ainda se passa nos pampas.

quinta-feira, agosto 03, 2006

DESABAFO

Eu pensei em te contar coisas esdrúxulas, inimagináveis ou que até imagináveis sejam. Pensei em te contar coisas que penso em fazer, em coisas que você pensa em fazer, afinal, a mente é o limite.
Falar de viagens lunáticas, melhor, interespaciais, conhecendo seres feitos de luz ou crocodilos falantes.
Amores? Claro que não esqueceria de te falar desses que eu tive de montes. De todas as formas. De paixonites agudas até os clássicos de portão. E estão na ponta da língua para serem descritos e redescritos.
Cores, falas, acontecimentos. Pensei em te contar tudo isso. Só para fazer nascer a inveja, te dar um peso na consciência pelo pecado e te fazer pensar: "Não, não. Ela não fez isso. Ah! Mas se ela fez, eu também posso. Agora é minha vez!".
Mas o que quero na verdade é te contar como foi o meu dia. Ele não foi muito diferente do seu, talvez os gostos mudem, a temperatura pode variar.
Eu também me atrasei. Eu também comi às pressas e deixei uma refeição de lado. Peguei chuva, torrei no sol. Cumpri prazos e adiei algumas coisas adiáveis. Li meu e-mail, chequei meus SMS, esperei pela ligação daquela pessoa.
Sim, eu também peguei um trânsito infernal na volta para casa, esqueci alguma coisa e me repeti pela milésima vez que deveria ter anotado para não esquecer.
Fiz algo para desestressar. Assisti um filme. Gostei.
E senti uma vontade imensa de falar com alguém que pudesse escutar e quisesse saber do meu dia, mesmo sabendo que foi semelhante ao que ele viveu. Saber que mesmo na nuance parecida a algo que se tire de diferente. Me perguntar como eu estou.
Acho que ninguém comeu uma coxinha na chuva hoje, comeu?

P.S: E você, como está? Como foi o seu dia?

O_O Hansen Band - 18. Stock

quinta-feira, julho 27, 2006

PARA ANNY

Quarta-feira, Julho 19

A PESSOA DE JOÃO ERA DE FINO TRATO.
POETA DE ESTILO REBUSCADO,SE DISPUNHA A RELATAR SEUS DISSABORES AMOROSOS.
NÃO PORQUE OS TINHA COMO UM FARDO, POIS LHE CAIA BEM ,
SEGUNDO NARRAVA EM SEUS CONTOS E PROSAS, A PECHA DE: 'AMANTE SOLITÁRIO'.
DESSA FORMA A MÉTRICA CORRIA SOLTA E A RIMA ERA ASSINTOSA E DESPRENDIDA,
ATÉ PORQUE, JOÃO, PESSOA DISTINTA,SE LIBERTAVA DE PECADOS* QUE ACHAVA LHE PERTURBAR A ALMA.O FAZER POESIA LHE SOLTAVA AS AMARRAS DE MEDOS QUE O ASSOMBRAVA.
JOÃO,PESSOA MODESTA E ROMÂNTICA,
AMOU QUANTAS MULHERES PÔDE E SE FARTOU DO SONHO DE CADA UMA DELAS E AS POSSUIU COM A PRETENSÃO DE UM AMANTE FIEL, PORÉM NÃO FORA FELIZ TANTO QUANTO SOFREU.
A PESSOA DE JOÃO SE FOI, MAS DEIXOU COMO LEGADO A ILUSÃO DOS APAIXONADOS E UM FALAR DE AMOR QUASE PERFEITO.
QUE SEJA ETERNO ESSE JOÃO....PESSOA.VIVAS! À POESIA DE ANNY....THINGS!!!!!!!

quarta-feira, julho 26, 2006

NO BAR

- Vai lá. Segue sua vida.

- Mas...

- Você vai encontrar um cara legal, casar, ter filhos, um cachorro, uma bela casa...

- Pára!

- Ah mesmo! Antes vocês vão namorar!

- Pára.

- Não Paro.Olha, esse é o seu futuro.

- Não! Esse é o futuro que você quer pra mim.

- E por que você não gostaria?

- Porque...

- Você ainda tem tempo, ainda é nova, avida está começando. Eu sei. Mas é isso que você quer.

- Você não me conhece.

- Você quer.

- Sim, eu quero. Por que não? Você não?

- Eu disse.

- Não respondeu.

- Não respondi.

(SILÊNCIO)

- Mas, antes, muita coisa pode acontecer.

- É... ninguém sabe.

- Mas antes de encontrar o cara legal, ter filhos, um cachoro e almoços de domingo, me deixa te conhecer?

- Almoços de domingo....Claro. Por que não?

- Afinal, você já sabe muito de mim.

- Almoços de domingo e verões na praia.

- Verões na praia.

E viveram felizes para sempre.

domingo, julho 16, 2006

Minutos

20 minutos. Foram naqueles 20 minutos que quase tive um enfarte, um colapso nervoso, um passamento, sei lá. Mas o que aconteceu mesmo foi um frio na barriga, suor nas mãos, nos pés, na nuca e uma eternidade de 20 minutos.
O tic-tac do meu relógio me deixava mais impaciente.
Esperei ansiosamente pelo meu segredo. Meu segredo estava preste a se revelar em 20 minutos. E minha ansiedade, o meu medo, talvez, me deixava mais impaciente. Meu segredo. Meu segredo de mais de seis meses ia se revelar.
Nem sabia por que havia chegado tão cedo, por que neste dia resolvi ser pontual, se nunca sou nem pretenderei ser.
Sentei somente porque o garçom me ofereceu uma mesa, senão ainda ficaria de pé, olhando os ponteiros do relógio e contando os 20 minutos.
Pensei em pedir um cow-boy, porém, decidi que não. Naquela hora do dia não era recomendável, fora que o calor que fazia não ajudava. Pedi um guaraná - o que me fez lembrar um pouco de casa.
Em menos de um minuto a latinha já havia terminado e faltavam 15.
O tic tac me incomodava mais, o suor já havia cessado, o frio do estômago se expandia até minhas mãos e um calafrio corria a espinha. O que o meu segredo estaria fazendo enquanto o esperava tão impacientemente?
Dedos na mesa, tic-tac, copo vazio, "Mais alguma coisa?", o segredo, o segredo.
10 minutos. 10 minutos. Só dez minutos me separam da revelação. Será que saberei reconhecer meu segredo?
Olhei a decoração do café. Era parecida com outros que já havia visitado e o segredo havia me recomendado, disse que eu iria adorar. E eu o adorei mais tarde.
Chovia. E as gotas repentinas já não eram mais novidade para mim: sempre chovia e se não, perguntava-se porque não.
2 minutos e nada. Que pontualidade aquela, pensei. Pensei em pedir outro guaraná, mas sei lá. Estava tão perto da chegada do segredo que decidi que nem um guaraná poderia me tirar a atenção desse momento.
Dead line. E com aquela pontualidade britânica ele apareceu. E assim percebi que ele não era tão secreto assim. O meu segredo já era mais conhecido e intrínseco a mim do que eu pensava no começo daqueles 25 minutos.


o_o Madonna- Get together

sábado, julho 01, 2006

Tarde de domingo

O ar pesado de final da tarde combina feito tom sobre tom, tão comum em qualquer combinação certeira de mulher, com o céu cinza chumbo, o vento frio cortante que vem da varanda.
Na televisão a programação da TV aberta. O chato, o causticante se instalam.
Mudo de cômodo em busca de entretenimento ou pelo menos de algo que não cheire a chumbo.Olho para estante. Os livros lidos pela metade me olham. Observo-os e percebo que não me apetecem e que tenho que lê-los. Mas não hoje. Olho para o teto - já estou na cama - branco. É, ele quebra a atmosfera.
Vejo no teto uma tela e pequenas gotas coloridas vão surgindo. Na minha paleta laranjas, azuis, rosas e até verdes, que nem gosto muito. Misturo-as.Formas abstratas evoluem para polígonos, e destes para coisas que conheço bem. Meu cotidiano pintado na tela do meu quarto.
Caminhos, lugares, pessoas, agora ganham voz e movimento. Cheiros aparecem. Sonho acordada.Meus olhos piscam lentamente, meu pincel não pára. O vento de frio cortante me obriga a me cobrir com a coberta. Mas isso não impede meu quadro de se movimentar.
O celular toca. Acordo e já não lembro do sonho.

"The road is long, there'll always be wild winds blowing (One thing you
gotta know) Beyond the clouds there's nothing but blue skies (...) Don't turn
around, look straight up ahead, keep movin' (One thing you gotta know) Beyond
the clouds there's nothing but blue skies Blue skies "

quarta-feira, junho 28, 2006

Pergunta da semana

Falar de amor é fácil. Todo mundo tem aquela história do pé na bunda
inesquecível, do amor platônico, do cafageste, da indecisa.Mais o que é
amor?

Para ciência, o impulso elétrico que a visão invertida , já não
mais, os olhos transparecem.

Para os corações mais contidos aquele comichão
que dá quando o ser amado aparece. Para os mais atirados, um grito, um porre, um
choro descontrolado em meio a festa lotada. Para os modernos, uma balada de
acid jazz.

Amor é, para a pobre autora, um procurar incessante em meio a
escuridão. Um tatear constante no nada. Será que é?

O_O Incognito- I love what do you do for me

terça-feira, junho 20, 2006

Rewind

Ele me disse o adeus. Foi mais uma daquelas longas e difíceis despedidas que temos todas as noites, ou tardes, quando nos encontramos. Ele me contou sobre o seu dia, de como foi chato, estafante, sem novidades e disse, como sempre e meio mecanicamente, que o meu deve ter sido muito melhor e muito mais interessante.
Eu, bem eu, disse a verdade,que no meu dia não houve nada de diferente de ontem, que hoje choveu e que esqueci mais uma vez de pagar a conta do cartão de crédito.
No ar pairava aquela nostalgia. No olhar aquela melancolia misturada com desejo. E que vontade de abraça-lo. E que vontade de dizer que não acabou. Mas como sempre nos olhamos, fingimos que a atmosfera não era aquela e seguimos com o papo insoso, fingido ser interessante. E talvez fosse. Mas a atmosfera era bem mais do que nossa conversa.
E acabou o assunto, como em qualquer conversa trivial que temos com a vizinha chata.
Ele disse que estava muito cansado. Hoje teve jogo da seleção. Meio expediente, o jogo foi uma merda, mais cerveja, amigos, sabe como é. E como sei. Eu vi o jogo também e não achei tão ruim assim, disse eu, tentando prolongar a discussão. Mas realmente, era hora de ir. O ar já estava insuportável, a distância já estava próxima demais. Perigo. E ele tinha tomado umas cervejas.
Então aquele olhar desconcertado, aqueles dois beijinhos na bochecha e um sonhe comigo.
????????????????????????????
Esse sonhe comigo não estava no script. Pelo menos não no dos nossos encontros. E agora?
Bochecha com bochecha, meu Dolce Gabanna misturado com o hálito de cerveja. A respiração dele. A minha falta de ar. E agora? Finalmente a resposta: "Você tem certeza?"
Bochecha direita agora. Minha respiração já está forçada e a dele cessa. A minha réplica: " Por que não teria?"
Já respiramos melhor. Ele ri. Eu também. E voltamos ao script original: ele me disse o adeus. Foi mais uma daquelas longas e difíceis ...

Desculpas pra nada

A chuva parou. O sol se põe dando ao céu aquela coloração alaranjada que nunca se repete. As nuvens, agora brancas, se espalham pelo azul e laranja: um toque paralisador ao movimento das horas.Elas parecem não se mexer, contrastando com as buzinas, fumaças e cositas más que observo, querendo prolongar as horas, da minha varanda.
Prolongar as horas para dizer que o dia valeu a pena, que a coisa mais proutiva que fiz não foi somente um rabisco no papel.Aumentar os minutos para dizer a mim mesma que sim, fui ao supermercado, comi coisas saudáveis e terminei de ler Crime e Castigo.
Mais tempo para analisar os meus projetos, revisar as pesquisas, medir, pensar, ponderar e agir.Fico estática olhando para as nuvens tão estáticas quanto eu, tomo um gole de café e penso que a idéia de não produtividade é boa. e que esse sentimento de culpa é resultado da minha maneira mecânica de agir pensando que devo agir.
Me sinto tensa por não ter feito nada. E nem estou de férias.
O mundo parece recomeçar na segunda-feira e eu observo as nuvens pensando no gosto do meu café.

o_o Portishead- Roads

segunda-feira, junho 19, 2006

Pergunta da semana

"... vale mais ter chaves do nada
ou uma fechadura sem chave, um enigma de abertura?"
José Machado Pais

domingo, junho 18, 2006

Que coisa engraçada! Depois de um ano sem postar, redescubro que tinha um blog. Então por que não usa-lo.
Vou postar aqui textos que escrevo semanalmente e mando para amigos, que os avaliam. O blog vai deixar de ser tão biográfico como era o ano passado heheh
Aqui vai o primeiro:

Memória gustativa
Acordei com seu gosto.
Aquele gosto que você deixa quando me beija, lenta e misteriosamente.
Aquele gosto que tento decifrar com minha língua, com meus toques, com meu calor.Acordei com seu gosto, que não é de quero mais, é de especificidade.
Aquele gosto daquele momento. Aquele momento que sabemos que só é nosso.
Um gosto que nem mesmo as mais doces e amargas palavras podem descrever.Um gosto doce, suave, que me consome, que me abstrai.
Um gosto que quero agora e que só de pensar me deixa com água na boca.E que me consome. E que não se torna mais suave, porque a minha loucura pelo seu gosto não é tão suave assim.E que ainda me abstrai, porque me olho no espelho e vejo teu reflexo. Vejo tua boca na minha.
E sinto ainda teu gosto e que não quero lembrar mais.Ah! Teu gosto!
Tomo café, como o pão, escovo os dentes, gargarejo, faço o escambal e ele continua lá. Não luto mais. Deixo me levar por essa misteriosa lembrança. Uma lembrança minha e de mais ninguém.
De um momento nosso. De uma particularidade sua. Do seu gosto na minha boca.E a manhã se vai, o dia passa, a noite chega e o seu gosto vai. Fica perdido entre um compromisso e outro, no ponteiro do relógio e vira assim mais uma sensação do meu dia.
Sentada, perante a tela branca, penso e tento recordá-lo. Mas ele já é lembrança, como nós dois.

14/6/2006. 22:58