V
Depois de um ano, me vejo na mesma situação. A mesma sensação que tive quando disse sim a você volta, com aquele mesmo misto de dor e prazer que preenchiam todos os espaços vazios que trazia comigo.
Mas dessa vez escolho não. Não a você. Não a sensação morna e envolvente que percorre meu corpo quando escuto a sua voz, a cor azul que minha terapeuta holística vê em minha alma de apaixonada, ao frio na espinha quando você sussurra o que quero ouvir ao pé da minha orelha. Digo não ao um ano que passei tentando te conquistar e ao exato momento que consegui fazer você me dizer Eu te amo. Digo não a nossa história de amor sem fim e todos os nossos planos qüinqüenais.
Eu fico com todas as suas fotos e seus olhos azuis lacrimejantes, com nossas músicas com sentido especial e as sem sentido também. Com os bilhetes, cartões, e-mails, chats, desenhos e crônicas escritas em sua homenagem e você nem imaginava. E com o choro de noites seguidas e a dor constante e o horror de estar fazendo a decisão errada. Fico com sua imagem latendo na minha cabeça e me pergunto por quê?
Por que não luto mais uma vez por você? Por que vou te deixar livre? Para quê?
Só porque acho que não devo viver na corda de um amor que não tem pé nem cabeça e que poderá acabar até antes do fim dessa oração? Mas todos os amores não são assim? Não. Só o nosso. O nosso louco amor que deveria durar toda vida e construir uma bela casa, com um lindo jardim e um banquinho. E teríamos lindos filhos e um gato gordo e felpudo branco.
Eu escolho não ter que esperar. Eu escolho viver o hoje e não o amanhã e nem ter que esperar mais cinco anos para um plano se concretizar. Eu escolho não ter que fazer mais uma decisão por você e fazer a minha decisão.
Fico com o vazio, sim. Fico sem você. E vou procurar outro amor que decida comigo como vai ser o fim da história. E espero que, daqui a 50 anos, quando eu olhar para trás, não me sinta como um ano atrás e nem como hoje, e diga a mim mesma que não fiz a decisão errada.
Depois de um ano, me vejo na mesma situação. A mesma sensação que tive quando disse sim a você volta, com aquele mesmo misto de dor e prazer que preenchiam todos os espaços vazios que trazia comigo.
Mas dessa vez escolho não. Não a você. Não a sensação morna e envolvente que percorre meu corpo quando escuto a sua voz, a cor azul que minha terapeuta holística vê em minha alma de apaixonada, ao frio na espinha quando você sussurra o que quero ouvir ao pé da minha orelha. Digo não ao um ano que passei tentando te conquistar e ao exato momento que consegui fazer você me dizer Eu te amo. Digo não a nossa história de amor sem fim e todos os nossos planos qüinqüenais.
Eu fico com todas as suas fotos e seus olhos azuis lacrimejantes, com nossas músicas com sentido especial e as sem sentido também. Com os bilhetes, cartões, e-mails, chats, desenhos e crônicas escritas em sua homenagem e você nem imaginava. E com o choro de noites seguidas e a dor constante e o horror de estar fazendo a decisão errada. Fico com sua imagem latendo na minha cabeça e me pergunto por quê?
Por que não luto mais uma vez por você? Por que vou te deixar livre? Para quê?
Só porque acho que não devo viver na corda de um amor que não tem pé nem cabeça e que poderá acabar até antes do fim dessa oração? Mas todos os amores não são assim? Não. Só o nosso. O nosso louco amor que deveria durar toda vida e construir uma bela casa, com um lindo jardim e um banquinho. E teríamos lindos filhos e um gato gordo e felpudo branco.
Eu escolho não ter que esperar. Eu escolho viver o hoje e não o amanhã e nem ter que esperar mais cinco anos para um plano se concretizar. Eu escolho não ter que fazer mais uma decisão por você e fazer a minha decisão.
Fico com o vazio, sim. Fico sem você. E vou procurar outro amor que decida comigo como vai ser o fim da história. E espero que, daqui a 50 anos, quando eu olhar para trás, não me sinta como um ano atrás e nem como hoje, e diga a mim mesma que não fiz a decisão errada.