I'd rather dance with you - Kings of Convinience
segunda-feira, maio 28, 2007
Faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho
A conquista da noite
Defendo o sono sempre que posso. Não brinco. Não posso brincar. Sou um ex-insone e sei bem o que custa. Só insones verdadeiros valorizam o sono com o respeito que o sono merece.
Tudo começou sem explicação racional. Certo dia, o sono foi embora. Contemplei o tecto do quarto durante uma noite inteira. Vieram mais duas. À terceira, a minha vontade era morrer. O problema da insónia não está propriamente na noite. A noite é simples: a escuridão é amiga dos olhos, o silêncio é uma canção de embalar para uma cabeça cansada. O problema do insone são os dias: o terror do dia que chega, a luz que vai furando as persianas do quarto como balas de ouro que trazem consigo o ruído do mundo. Carros. Sirenes de polícia. Vozes. Conversas. Telefones que tocam. Telefones que imaginamos tocar. E a certeza - a longa certeza - de que a noite chegará. E, com a noite, a evidência de uma nova cruzada. Uma solitária cruzada. Não existe solidão comparável à do insone. Na vida normal, conhecemos pessoas, perdemos pessoas. Ficamos sós. Tudo bem. Ou tudo mal. Mas a solidão do insone é uma solidão desabitada de pessoas. Somos nós e nós e nós. O mundo dorme e nós somos sós. [...]
ANNYTHING'S
Lindo texto... Me identifiquei bastante.
Defendo o sono sempre que posso. Não brinco. Não posso brincar. Sou um ex-insone e sei bem o que custa. Só insones verdadeiros valorizam o sono com o respeito que o sono merece.
Tudo começou sem explicação racional. Certo dia, o sono foi embora. Contemplei o tecto do quarto durante uma noite inteira. Vieram mais duas. À terceira, a minha vontade era morrer. O problema da insónia não está propriamente na noite. A noite é simples: a escuridão é amiga dos olhos, o silêncio é uma canção de embalar para uma cabeça cansada. O problema do insone são os dias: o terror do dia que chega, a luz que vai furando as persianas do quarto como balas de ouro que trazem consigo o ruído do mundo. Carros. Sirenes de polícia. Vozes. Conversas. Telefones que tocam. Telefones que imaginamos tocar. E a certeza - a longa certeza - de que a noite chegará. E, com a noite, a evidência de uma nova cruzada. Uma solitária cruzada. Não existe solidão comparável à do insone. Na vida normal, conhecemos pessoas, perdemos pessoas. Ficamos sós. Tudo bem. Ou tudo mal. Mas a solidão do insone é uma solidão desabitada de pessoas. Somos nós e nós e nós. O mundo dorme e nós somos sós. [...]
ANNYTHING'S
Lindo texto... Me identifiquei bastante.
sábado, maio 19, 2007
Leslie Feist
Leslie Feist - Secret Heart
Descobri Feist esse fim de semana, através de um grande amigo meu - thx angel =P - e estou amando!
Espero que gostem.
Beijos e ótimo fim de semana a todos.
Ligações e prisões
Por esses dias escutei uma denúncia, em um desses programas de rádio que abrem para ligações de ouvintes, - e eu nunca pensei que pudesse alguma vez na vida escutá-los - sobre tortura no presídio de segurança máxima, daqui de João Pessoa.
Fiquei chocada - O que não é difícil para mim, eu sei - não só pela riqueza de detalhes do relato anônimo sobre a tortura como também pela opinião da ouvinte. Ela falava que estava indignada com o acontecido, que sabia porque trabalhava na Máxima e que por mais que aqueles homens fossem presos, não mereciam receber o tratamento que estavam recebendo. Bem, o tratamento consistia em espancamento com canos e encarceramento em uma cela com capacidade para três pessoas. Eram treze presos.
Este "por mais que fossem presos" reflete bem o sistema carcerário brasileiro. Um sistema que viola diversos direitos humanos. Por que aqueles homens e mulheres por mais que sejam presos eles merecem levar surras e definhar em salas minúsculas? Por que são culpados, você pode me dizer. Mas não seria já o bastante estarem encarcerados e desprovidos de sua liberdade? Não seria o bastante estar em uma cadeia?
Fiquei muitos dias me perguntando sobre esse modo que nós, sociedade, olhamos nossas prisões enquanto pedimos mais penitenciarias de segurança máxima e tratamentos mais duros para nossos presos. Esquecemos que aqueles marginais, bandidos, elementos são feitos do mesmo material que eu e você. Esquecemos que um dia eles poderão voltar para essa sociedade que fazemos parte.
E esquecemos também que, como todo bem público, também podemos usufruir de alguma prisão algum dia.
Fiquei chocada - O que não é difícil para mim, eu sei - não só pela riqueza de detalhes do relato anônimo sobre a tortura como também pela opinião da ouvinte. Ela falava que estava indignada com o acontecido, que sabia porque trabalhava na Máxima e que por mais que aqueles homens fossem presos, não mereciam receber o tratamento que estavam recebendo. Bem, o tratamento consistia em espancamento com canos e encarceramento em uma cela com capacidade para três pessoas. Eram treze presos.
Este "por mais que fossem presos" reflete bem o sistema carcerário brasileiro. Um sistema que viola diversos direitos humanos. Por que aqueles homens e mulheres por mais que sejam presos eles merecem levar surras e definhar em salas minúsculas? Por que são culpados, você pode me dizer. Mas não seria já o bastante estarem encarcerados e desprovidos de sua liberdade? Não seria o bastante estar em uma cadeia?
Fiquei muitos dias me perguntando sobre esse modo que nós, sociedade, olhamos nossas prisões enquanto pedimos mais penitenciarias de segurança máxima e tratamentos mais duros para nossos presos. Esquecemos que aqueles marginais, bandidos, elementos são feitos do mesmo material que eu e você. Esquecemos que um dia eles poderão voltar para essa sociedade que fazemos parte.
E esquecemos também que, como todo bem público, também podemos usufruir de alguma prisão algum dia.
segunda-feira, maio 14, 2007
DIVAGANDO
Hoje, voltando do trabalho comecei a pensar sobre Orkut, Myspace, blogs, fotoblogs e esses duzentos outros mil sites de relacionamentos que a rede nos oferece.
Lembrei de quando para se entrar no Orkut era necessário um convite e de quando existiam mais comunidades para debate do que para tentativa de identificação pessoal - acho que nesse tempo a "Odeio acordar cedo" era uma das únicas e já havia muita gente, incluindo-se ali eu.
Não ando visitando meu Orkut, os scraps muitas vezes ficam sem resposta e as comunidades, prrffff, ficam sem visitas.
Falando em comunidades, acho interessantíssimo como as pessoas tentam se identificar através daqueles recortezinhos. Todos os ids parecem estar presentes ali.
No meu caso, elas estão um tanto desatualizadas. Faz uns duzentos mil anos que não bebo vodca com energético. Tequila? No, please. Parei com o Solteiro Life Style - mesmo continuando solteiríssima - e sou muito caxias para não fazer trabalhos na faculdade. =P
Enfim, deveria haver uma comunidade "Eu não sou o que minhas comunidades dizem".
As coisas seriam mais simples para identificação.
Até para as pessoas curiosas que gostam de fuçar perfis. Se bem que elas iam pirar o cabeção após dar de cara com uma dessas, não?
Que reflexão mais sem lógica tststststs
Acho que preciso de mais tempo com livros e pessoas reais. Ah! Dormir também ajuda.
Ótima semana a todos
Lembrei de quando para se entrar no Orkut era necessário um convite e de quando existiam mais comunidades para debate do que para tentativa de identificação pessoal - acho que nesse tempo a "Odeio acordar cedo" era uma das únicas e já havia muita gente, incluindo-se ali eu.
Não ando visitando meu Orkut, os scraps muitas vezes ficam sem resposta e as comunidades, prrffff, ficam sem visitas.
Falando em comunidades, acho interessantíssimo como as pessoas tentam se identificar através daqueles recortezinhos. Todos os ids parecem estar presentes ali.
No meu caso, elas estão um tanto desatualizadas. Faz uns duzentos mil anos que não bebo vodca com energético. Tequila? No, please. Parei com o Solteiro Life Style - mesmo continuando solteiríssima - e sou muito caxias para não fazer trabalhos na faculdade. =P
Enfim, deveria haver uma comunidade "Eu não sou o que minhas comunidades dizem".
As coisas seriam mais simples para identificação.
Até para as pessoas curiosas que gostam de fuçar perfis. Se bem que elas iam pirar o cabeção após dar de cara com uma dessas, não?
Que reflexão mais sem lógica tststststs
Acho que preciso de mais tempo com livros e pessoas reais. Ah! Dormir também ajuda.
Ótima semana a todos
sábado, maio 05, 2007
SEMANA
A semana passou e nem postei nada. O pior é que nem percebi isto. Só me dei conta agora que lembrei de postar a música para o final de semana.
Esses finais de períodos na faculdade estão mais próximos de acabar. Será que sentirei falta dessas correrias?
Whatever...
A música para o final de semana
Annie - Vanessa Carlton
Acho que o video da música não é esse. Me lembro desse filme... Acredito que seja Além da vida, ou algo assim.
Enfim, espero que gostem da música.
Ótimo fim de semana
Esses finais de períodos na faculdade estão mais próximos de acabar. Será que sentirei falta dessas correrias?
Whatever...
A música para o final de semana
Annie - Vanessa Carlton
Acho que o video da música não é esse. Me lembro desse filme... Acredito que seja Além da vida, ou algo assim.
Enfim, espero que gostem da música.
Ótimo fim de semana
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