terça-feira, junho 20, 2006

Desculpas pra nada

A chuva parou. O sol se põe dando ao céu aquela coloração alaranjada que nunca se repete. As nuvens, agora brancas, se espalham pelo azul e laranja: um toque paralisador ao movimento das horas.Elas parecem não se mexer, contrastando com as buzinas, fumaças e cositas más que observo, querendo prolongar as horas, da minha varanda.
Prolongar as horas para dizer que o dia valeu a pena, que a coisa mais proutiva que fiz não foi somente um rabisco no papel.Aumentar os minutos para dizer a mim mesma que sim, fui ao supermercado, comi coisas saudáveis e terminei de ler Crime e Castigo.
Mais tempo para analisar os meus projetos, revisar as pesquisas, medir, pensar, ponderar e agir.Fico estática olhando para as nuvens tão estáticas quanto eu, tomo um gole de café e penso que a idéia de não produtividade é boa. e que esse sentimento de culpa é resultado da minha maneira mecânica de agir pensando que devo agir.
Me sinto tensa por não ter feito nada. E nem estou de férias.
O mundo parece recomeçar na segunda-feira e eu observo as nuvens pensando no gosto do meu café.

o_o Portishead- Roads

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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