Sempre ia para lá durante os verões da minha infância. Naquela época, a avenida beira-mar de Lauro de Freitas não era nem asfaltada. Stella Mares não tinha nada de badalação e os vários condomínios fechados ainda estavam em construção e o público alvo eram turistas que iam passar verões na Bahia.
Desta vez, fiquei no Íbis – precinho de estudante – do Rio Vermelho e não na praia de Ipitanga – eu sei que é Lauro de Freitas e não Salvador, mas para mim ficou como Salvador. Acho que só me hospedei uma vez no Rio Vermelho quando o Pestana ainda era Meriden. Localização legal para quem está sozinha. Próximo a bancos, supermercados, pontos de ônibus e bares, claro.
Como peguei promoção, o meu vôo saia de Recife numa incomoda hora: quatro horas da madrugada. Como sabia que não iria dormir, resolvi dar uma saidinha:
Ilha da Kosta,
Fashion Club: A Fashion de Recife está localizada ao lado Shopping Recife, também
O vôo não atrasou e cheguei em Salvador por volta das 5h30.
O aeroporto de Salvador – que no momento não recordo o nome, Internacional... Magalhães, o nome do filho do ACM, lembram? – fica a 50 minutos (!) do Rio Vermelho e eu não tinha nenhum pique, depois da balada, de procurar ônibus, metrô, trem ou coisa parecida. Peguei táxi mesmo. E o taxista foi uma simpatia. Me indicou onde podia fazer tudo, onde ficava isso e aquilo até o hotel e já fui ficando feliz.
Cheguei no Íbis ainda com aquela cara de festa – brilhos, sombras, cheiro de cigarro – e uma vontade imensa de tomar uma ducha e tirar um cochilo. O recepcionista, por sua vez, não estava muito simpático, talvez por causa de um suposto plantão, porém foi muito eficiente.
No Íbis tudo é muito prático. Check-in super rápido, balcão de snacks 24h, qualquer refeição você paga avulsa. Me pareceu um hostel mais “chique”. A única coisa me encheu o saco – mas não tirou minha paciência – foi a porta do meu quarto que insistia em não ler de primeira o meu cartão e , consequentemente, me fazia descer a recepção.
Vista do quarto
Assim que acordei fui comer adivinha o quê? Acarajé! Porque não existe acarajé melhor que o da Bahia. E assim já fui sentindo toda a energia que Salvador passa. Fui andando até o acarajé da Cira e claro, como é comum – só- em Salvador muitos boa tardes e eu vous ressoaram pelo meu caminho. Eu estava bastante desacostumada com essa simpatia toda.
De lá, fui até Amaralina e depois a Barra. A Praia do Porto da Barra, linda, linda, linda estava lotada – FERIADO! Eu e meu amigo Pedro que me acompanhada nessa caminhada pela orla de Salvador paramos próximo ao Farol para dar uma relaxada e tomar uma cerveja e eis que surge a trilha sonora: Strawberry Fields Forever, dos Beatles. Sim! Em meio a toda muvuca de gringos e nativos do Porto da Barra, com muito axé e arrocha, eis que surge alguém, abre a porta do carro, coloca Beatles para tocar. Achei tudo que há tomar uma cerveja ultra gelada e olhar aquela paisagem maravilhosa.
Depois disso, dei aquela famosa subida ao Farol para dar uma olhada e desci para um barzinho, Caranguejo? Siri? Moqueca? Sergipe e tomar umas cervejas rindo muito de uns argentinos gays que estavam literalmente à caça e não deixavam um ser humano masculino sem uma encarada. E que seres!
Volto ao hotel, peço a velha promoção de jantar que não foi lá essas coisas e vou para o Twist Pub? Bar? Boate?, no Rio Vermelho. Só vá se não tiver outro lugar para ir. Muito assim, assim.
Porto da Barra e Por do Sol na Barra
Seguimos para o Posto dos Namorados, Pituba, que é um posto de gasolina – isso mesmo – onde os soteropolitanos vão para comer temaki ou outra coisa do select e beber alguma coisa De acordo com Simara e David, que também estavam lá comigo as pessoas, às vezes o povo passa a noite por lá. Engraçado, né?
No fim da noite fui ao Babalotim, no Rio Vermelho. Recomendadíssmo! Atendimento perfeito, drinks super bem feitos, comida dxilícia e super aconchegante. Tudo o que há!
No dia seguinte fui até ao bar de praia Marguerita, na Praia do Flamengo. O bar tem uma DJ tocando durante todo o dia, o que já o torna um charme. O atendimento é um pouco fraco, é confortável, a caipirosca uma delícia e cheio de gente bonita. Adorei! Depois fui comer pizza – eu sei, pizza na Bahia – no Coco Bahia, que me lembro imediatamente o Coco Bambu de João Pessoa. Será que existe uma franquia de Cocos? Atendimento bom, pizza boa, mas fora a iluminação de velas, nada demais.
Para finalizar, mexican bar! Adoro comida mexicana! Mas o que pegou e gostei mesmo foi uma marguerita frozen com suco de tangerina. Que coisa forte é aquela? Gente! Tomei uma e fiquei super alegre. Ah! Achei muito engraçado o diminutivo de caipirosca que está em todos os cardápios de Salvador: “roska”. Demorei séculos para entender que roska era caipirosca.
De lá fui para o aeroporto e para minha surpresa – e risos- descobri através dos meus amigos que, como o aeroporto de Salvador não tem deck para observar as partidas e chegadas de aviões, as pessoas vão até uma curva, perto da cabeceira da pista e ficam olhando e tirando fotos dos aviões. Eram duas da manhã e tinha gente lá! Pena que a bateria acabou antes de eu tirar fotos. Só em Salvador.
Minha viagem foi curta como uma promoção relâmpago e que me deixou com vontade de voltar permanentemente, mas valeu a pena.
Até a próxima.
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