sábado, dezembro 02, 2006

Trocas

Fui trocada. Como tantas outras vezes. Já devia estar acostumada com sua frieza educada na mudança dos planos, quase que imperceptível. Sempre deixada de lado, mas com toda sua polidez de um gentleman, que me faz, até, pensar que eu estou criando uma situação com meu gênio quente e nada certo e um humor que vai dos 0 aos 1000 ºC em 2 segundos.
Dessa vez foi pela TV. Ela vence tantas vezes. É Lost, os melhores momentos do Brasileirão, da Eurocopa, Campeonato Inglês, Francês, Espanhol, da terceira divisão do Congo; a novela e assim vai. Quando não é o futebol de terça-feira, o cinema do domingo com os amigos, porque ele precisa de um tempo com os amigos, porque os amigos moram se mudaram para o Paraguai, Patagônia e Alasca e agora ele tem uma oportunidade de ver os amigos.
Ok, motivo amigos eu engulo, mas motivo TV é comparável a motivo nosso de dor de cabeça. Não. É muito pior. É decepcionante. É o pior dos motivos.
É, meu bem, você me trocou por uma grade televisiva e eu fiquei falando com os lençóis. E meu humor que estava nas alturas de tão bom, ficou morno, sem graça. Eu já estou sem graça por mim e já estou procurando uma maneira de te pedir perdão por não entender porque fui trocada novamente pela televisão.
“Eu entendo, eu sinto o mesmo” – comparação de sexos. Essa é a melhor das maneiras de se pedir o perdão. Fica tudo na lógica fast-food de liberdade, igualdade e fraternidade, meio vazio, mas ele se entope.
E depois de uma trocada dessas, nada de discussões de relacionamento à la slow-food, não estômago que agüente de tanta gastrite em um relacionamento.

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